quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Benefícios e malefícios dos jogos eletrônicos para crianças

Na era tecnológica em que vivemos, o mundo digital está integrado em nosso dia-a-dia. Os aparelhos eletrônicos são parte essencial da vida de todos, e entram cada vez mais cedo na vida das crianças. Desde a primeira infância, esta nova geração de crianças contou com celulares, tablets e videogames como substitutos dos tradicionais brinquedos infantis.
Essa atual mudança de hábitos em relação ao entretenimento na infância desperta opiniões radicais. Há quem defenda que esta é sim uma mudança positiva, pois o mundo caminha para a era digital e é natural que as crianças acompanhem esse novo formato de leitura da realidade. Entretanto, são muitos os que afirmam que a tecnologia está entrando cedo demais na vida das crianças e, assim, comprometendo diversas experiências importantes para o desenvolvimento do indivíduo durante a infância – como as brincadeiras coletivas, o contato com a natureza, a interação social, etc.
Diante desse panorama polêmico, a Agemed reuniu as principais opiniões de profissionais da saúde a respeitos dos prós e dos contras dos jogos eletrônicos para crianças:

BENEFÍCIOS

Coordenação Motora

Muito mais do que diversão, os jogos eletrônicos podem ser verdadeiros exercícios para o corpo e a mente. O destaque principal vai para o aprimoramento da coordenação motora: manipular o “joystick” melhora a coordenação motora fina, desenvolvendo a capacidade de movimentos delicados e sensíveis, ao mesmo tempo em que aumenta a coordenação entre o olho e a mão, uma vez que o jogador recebe os estímulos visualmente na tela e responde-os manualmente no “joystick”. O desenvolvimento de tais habilidades pode ser utilizado em uma série de atividades fora do mundo digital – é extremamente vantajoso para quem quer aprender a tocar um novo instrumento musical, por exemplo.

Raciocínio

Controlar um personagem dentro de uma realidade virtual é um constante exercício de lógica e de assimilação de novos padrões. Os videogames são uma verdadeira “academia para o cérebro”, e são campeões em aumentar a agilidade de raciocínio. Quem se dedica aos games treina o cérebro para pensar rápido e para lidar com adversidades instantâneas, levando a capacidade de tomada rápida de decisões para todos os âmbitos de sua vida. Além disso, os games também são um ótimo treino de reflexo visual e motor – e, de brinde, ainda são um super incentivo à criatividade.

Visão

É preciso ter olhos atentos para acompanhar tudo o que acontece na telinha – e é justamente por isso que os games são grandes exercícios de visão. Além de aguçar a visão e potencializar a capacidade cerebral de prestar atenção em vários eventos ao mesmo tempo, você sabia que os games ainda podem ser indicados como tratamento médico? É isso mesmo! Jogos eletrônicos são verdadeiros remédios para casos de ambliopia – quadro onde há dificuldade de visão sem que haja lesão orgânica perceptível na estrutura ocular, também conhecido como “olho preguiçoso”. Na maioria destes casos, apenas a visão de um olho é prejudicada, utilizando-se tratamento com tampão. Mas pesquisadores da Inglaterra descobriram que 1 hora de videogame equivale ao tratamento de 400 horas com tampão!

MALEFÍCIOS

Sedentarismo

De longe, este é o principal malefício a ser citado a respeito dos videogames. Crianças que desenvolvem um grande apreço pelos games não se contentam com 40 minutos diários de jogo – passam literalmente horas a fio sentadas em frente à telinha. A primeira consequência que aparece é a obesidade: além de não movimentarem o corpo, os jogos digitais tendem a abrir o apetite, criando a combinação perfeita para o ganho de peso. Com o excesso de peso, surgem os problemas cardiovasculares precoces, completamente evitáveis durante a infância. Além disso, passar longos períodos sem movimentar o corpo aumenta a propensão para atrofia muscular, provocando dores generalizadas.

Lesões

Apesar de não movimentar o corpo, o videogame exige esforço sempre dos mesmos músculos (envolvidos em segurar o “joystick” e apertar os botões). Como as crianças costumam passar longos períodos dedicadas aos jogos, é bastante comum que os jogos eletrônicos sejam a causa de quadros de Lesão por Esforço Repetitivo (LER). LER indica uma sobrecarga muscular tão grande a ponto de debilitar a saúde daquela musculatura, gerando inflamação, fortes dores e podendo até comprometer a movimentação integral da região. Casos de LER precisam ser tratados seriamente com fisioterapia e suspensão da atividade de esforço – caso contrário, serão reincidentes ao longo da vida.

Escapismo Social

Além de consequências físicas, os games na infância também podem trazer danos psicológicos. Novamente, o problema está no excesso: crianças que se envolvem demais com jogos eletrônicos tendem a se sentir mais confortáveis com a realidade virtual do que com a vida real. Isso faz com que priorizem os momentos de jogo e abram mão da convivência social com colegas de mesma idade – o que simboliza um problema, pois as trocas interpessoais, as noções de compartilhamento e de convivência são essenciais durante a primeira infância. É neste período da vida que a personalidade do indivíduo está em formação, e a troca de experiências com pessoas de mesma idade ajuda a desenvolver habilidades comunicativas, interativas e afetivas. Sendo assim, o isolamento provocado pelos videogames é perigoso e pode acarretar consequências para o futuro social da criança.

Fonte: https://www.agemed.com.br/agenews/beneficios-e-maleficios-dos-jogos-eletronicos-para-criancas/

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